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A psicologia das cores para compor seus ambientes

A psicologia das cores para compor seus ambientes

Mesmo sem ser um expert, você pode se aventurar nas infinitas combinações de cores para levar diferentes sensações para seus ambientes. Para isso, é importante saber qual clima você quer levar para cada espaço, quais são os gostos e preferências de quem mora ou de quem mais frequenta o lugar, para, só então, chegar ao resultado final.

Para começar, que tal entendermos um pouquinho sobre como funciona a psicologia das cores? As cores e os sentimentos não se combinam ao acaso e, também, não são apenas questões referentes ao gosto individual. As sensações que as cores transmitem trazem as vivências comuns que, desde a infância, vão se enraizando em nossa linguagem e pensamento. É preciso observar, ainda, o contexto onde a cor está inserida e as simbologias que estão atreladas a ela.

Muitos estudos comprovam que as cores possuem influência direta no centro psicológico dos seres humanos, e cada pessoa, de acordo com a sua sensibilidade, reage de uma maneira diferente. Mesmo sendo reações subjetivas, nosso subconsciente percebe detalhes que o consciente não consegue. Um exemplo são as cores quentes, que tem o poder de nos deixar mais alegres, transmitindo energia e força, enquanto as cores frias acalmam e relaxam.

Sabendo que as cores possuem um grande poder de influenciar nas nossas sensações e percepções, vamos entender um pouco mais sobre a importância delas na arquitetura e no design de interiores. Mais do que desempenhar uma função estética, as cores causam diversas sensações na criação dos ambientes. Elas influenciam em nosso estado de espírito, nas nossas emoções, criam diferentes atmosferas, alteram visualmente as proporções de um ambiente, aquecem, esfriam, valorizam e criam centros de atenção. Agem como ativadoras dos nossos sentidos, estimulando o divertimento, potencializando o trabalho, amenizando o movimento, levando mais tranquilidade e relaxamento.

Separamos algumas cores para entendermos um pouco dos seus efeitos no subconsciente das pessoas, como também, a sua influência na arquitetura e na concepção dos ambientes.

AZUL: é uma cor terapêutica, provoca tranquilidade passiva nos ambientes. Por ser um tom altamente calmante, é ideal para ambientes de relaxamento. Se usado em demasia, pode deixar o ambiente frio. Utilizado com amarelo, pode ativar a mente e a intuição. Com vermelho ajuda a manifestar emoções. Com rosa amplifica o lado afetuoso. Com pêssego, estimula a criatividade.

LARANJA: cor da comunicação, do calor afetivo, da segurança e confiança. Estimula otimismo, entusiasmo e aumenta o apetite. Tons mais pálidos estimulam a descoberta e o desenvolvimento da criatividade. Tons mais escuros, quando usados em demasia, podem causar sensação de desamparo e insegurança. O laranja claro proporciona sensação de aconchego, conforto e alegria. Ambientes com tons alaranjados tendem a ser mais acolhedores. É uma cor que acompanha muito bem o azul.

AMARELO: cor de grande energia. É quente, expansiva e ativa a mente para abrir novas ideias. Ajuda na aprendizagem, mas em excesso pode tornar a pessoa “egocêntrica”. Amarelo e branco devem ser usados com cuidado, pois podem transmitir insegurança e instabilidade. Tons mais escuros, em demasia, como o mostarda, podem exercer efeitos negativos, como pessimismo. Nos ambientes, é uma cor indicada para espaços com pouca luz, pois aumenta a sensação de espaço. É excelente para ambientes de atividades intelectuais, como escritórios e salas de estudo.

MAGENTA: é viva, dramática e estimula a tomada de decisões. Em empreendimentos comerciais, é indicada para detalhes e complementos da arquitetura. É uma cor alegre e sofisticada, deixando ambientes mais divertidos. Usada com branco garante sofisticação e elegância. Com azul marinho modernidade. Com verde gera leveza e natureza. Já com o amarelo, deixa o ambiente alegre, iluminado e cheio de personalidade.

VERMELHO: a cor do fogo, da paixão e do entusiasmo. Ajuda a combater a falta de energia e o estresse. Representa o sangue, que é a essência da vida, mas também pode ser um sinal de ódio, crueldade ou algo que deu errado. Sugere muitas características, desde a determinação até a violência e o egoísmo. Quando utilizada com equilíbrio, tem efeitos muito positivos. Com dourado transmite sabedoria. Com o azul esfriamos o ambiente. Em ambientes como restaurantes e bares o seu uso é super indicado, já que estimula o apetite.

VERDE: tranquilidade, frescor e limpeza. A cor do equilíbrio e da harmonia. Ajuda a reduzir o estresse e a tensão, dando uma sensação de liberdade e fluidez. Por ser uma cor relaxante e repousante, não é indicado utilizá-la sozinha, pois deixa o ambiente estático. O verde escuro traz força e estabilidade. O verde claro é ótimo para as crianças, pois estimula a afetuosidade. Quando associado a cores mais claras, irradia uma energia de relaxamento e paz.

PRETO: representa poder e elegância. Imponente e sofisticada, a cor transmite uma sensação de seriedade e prudência. Por possuir a propriedade física de absorver quase todos os raios luminosos que incidem sobre ela, tem o poder de esquentar o ambiente. Combine o preto com cores mais vivas e tenha um contraste que transmite alegria.

BRANCO: o branco tem o poder de realçar todas as outras cores, fazendo com que elas ganhem luminosidade e vida. É uma cor neutra, mas transmite paz, pureza, inocência e simplicidade. Um ambiente todo branco pode dar a sensação de falta de força e profundidade, por isso a necessidade de complementos. Essa cor é muito utilizada no design escandinavo e na decoração minimalista.

Mesmo não apresentando o significado de todas as cores, conseguimos perceber que, assim como os elementos construtivos e de volume são importantes para compor um projeto arquitetônico, as cores nas superfícies, detalhes, decoração e mobiliário impactam diretamente na experiência dos moradores, interferindo nas sensações e emoções.

Vale lembrar que, além das cores, a iluminação também exerce grande influência, mas isso será um assunto para nossos próximos posts. Vamos falar um pouco sobre o Lightening Design, as diferenças entre luz quente e luz fria na composição da iluminação dos ambientes e dar dicas de como fazer o seu projeto de iluminação.

 

 

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